Sigo no meu canto pensando em alguns erros cometidos, e superados a cada dia.
Sempre discordei quando me diziam que só se aprende com o erro, como pode uma pessoa ter que errar para poder aprender? Dizem que errar é humano, persistir no erro é burrice... e diversas vezes eu pude ser considerada como burra, persisti em diversos erros e continuo persistindo, estou longe da perfeição, e a cada dia que passa eu aprendo mais essa lição.
Um grande erro que me acompanhou por toda minha vida, foi julgar coisas que não conheço/ conhecia.
Sabe aquela história de..." não vou com a cara de fulano.", " fulano é tão metido..não gosto dele"...
Exatamente isso, passei minha vida inteira julgando as aparências, as primeiras impressões, ou até mesmo as segundas.
Mas o tempo vai passando e a gente vai aprendendo que as coisas não podem acontecer desse jeito, não se pode julgar alguma coisa/pessoa pela primeira impressão que você teve em relação à ela, para poder ter uma opinião sobre determinada coisa, é necessário muito estudo, muitas provas, e muitas outras impressões.
Somos Seres humanos, e por consequência somos dotados de muitos sentimentos momentâneos, mas independentemente destes...temos que honrar a característica única de nossa espécie..o raciocínio.
Diante dos últimos acontecimentos, fui colocada contra minhas próprias opiniões. Opiniões precipitadas, assumo, mas estamos aqui para reconhecer nossos erros e concertá-los.
Certo dia, observando o comportamento de uma criança, acabei julgando-na mal. Ela estava longe de tudo aquilo que passava pela minha cabeça admirar um dia. Agia de certa forma que me irritava, talvez efusivamente, sempre querendo chamar atenção de todos os que lhe cercavam. Fazia questão de aparentar muita força de espírito e muita frieza em relação aos outros, como uma pessoa que está competindo por alguma coisa e faz questão de ressaltar todas as suas qualidades, nesse caso a criança fazia o contrário, voltava-se contra si e demonstrava ser aquilo que no fundo ela não era.
Demorei algum tempo para perceber que toda aquela imagem que aquela criança me passava, não passava de uma máscara, um escudo, que à defendia de futuros problemas, futuros sofrimentos. Mas não existem máscaras que não caiam, e muito menos pessoas que não tenham um ponto fraco. O ponto fraco daquela criança, era um sentimento que ela tinha por uma de suas bonecas, e conversando sobre isso, notei que a criança estava emocionada, e ela falava falava falava, não se calava, começou a falar de sua boneca como se ela fosse a única coisa do mundo, a coisa mais importante, tudo aquilo que ela mais amava.
Deixo bem claro que existem duas coisas que eu admiro, e que me fazem mudar de opinião diante de qualquer coisa... um sentimento verdadeiro e força de vontade ( GARRA ). E sem dúvidas, o sentimento daquela menina para/com a sua boneca era muito verdadeiro, não havia como não ser um amor verdadeiro, não estávamos falando de qualquer instinto humano que tornam os sentimentos por seus semelhantes uma coisa plausível. Pelo contrário, não haviam instintos, seria como uma fuga, a boneca jamais poderia magoá-la, jamais poderia voltar-se contra ela, ou decepcioná-la. Era apenas uma boneca. E mesmo assim ela fez com que essa boneca fosse a coisa pela qual ela demonstrava toda uma admiração e todo um sentimento, que ela não conseguia demonstrar para certas pessoas.
É, já não sei mais o que fazer, não sei mais como julgar, não sei mais como agir, diante de minhas opiniões.
Aquela criança mudou certos pensamentos meus, passou de uma criança fria, chata e irritante.. à uma criança admirável, um tanto quanto introspectiva, como já havia dito..para evitar futuros problemas, futuros sofrimentos. Mas sem dúvidas, é uma criança encantadora.
Viva para ser feliz, não seja feliz para viver.
Nenhum comentário:
Postar um comentário