"Percorri toda essa trajetória e até agora não cheguei a lugar algum.
Sim, acredite, eu mudei muito. Descobri dentro de mim mesma, uma pessoa muito paciente, muito esperançosa muito corajosa, muito guerreira. Mas chega um ponto que as forças acabam, o corpo pede descanso e a mente já não funciona.
Meu coração já não aguenta mais bater, as lágrimas já não chegam aos meus olhos, e minhas pernas não sustentam mais o meu corpo. Isso tudo porque aquela mensagem de "eu te amo" não chegou aos meus ouvidos, esse tempo todo. "
Anne Martins

sábado, 24 de janeiro de 2009

Embriaguez.


Solidão... é estar no meio de milhares de pessoas e querer apenas uma, que não é nenhuma daquelas.

Olhar para o lado e ver ao seu redor um grupo de amigos, todos bebendo, fumando, se divertindo, e mesmo assim se sentir sozinho, vazio.

Entra na conversa o álcool, vamos beber para nos soltar um pouco, esquecer quem não sái da cabeça. Primeiro copo apenas mata a cede de quem saiu de casa há horas e ainda não havia ingerido líquido, segundo copo acaba rápido e chama o terceiro, que por sua vez chama o quarto, e quando se vê está embriagado.Em que parte da conversa ficou o divertimento?

A solidão ainda paira no ar, a cabeça não está no lugar, e dessa vez não é apenas por querer uma pessoa que não está ali, a cabeça está no lugar...as pessoas não estão, tudo gira.Você está triste, apagado, e seus amigos (tolos) pensam que foi por causa da bebida.Parabéns, encontrou uma desculpa para não entrar na festa.

4 horas da manhã, será que seu amor está em casa? Você liga, para o celular para não acordar ninguém...Toca uma..duas..três..vinte e duas vezes..caixa de mensagens.Seu amor não lhe atendeu, e você muito mal que ficou..foi matar a cede, de novo.

Dança, presta atenção na gatinha que está te asarando desde cedo, acende um cigarro, bebe mais, toma coragem e chega na menina...Roberta...Juliana...Cristina...Michele...o nome, não importa...beija, abraça, dança colado, nada de conversa...de uma musica veio a lembrança..o amor...dá uma disfarçada...vai ao banheiro, não volta mais.

6 horas da manhã, o lugar ainda está cheio, seu peito está vazio, sente uma dor gritante no peito que se espalha pelo corpo inteiro, quer ir pra casa...mas não se rende, o orgulho não deixa.A dor deve ser fome, comeu...não passou...não era fome...não tem remédio, apenas a morte...é dor de amor, amor de verdade é eterno..o que fazer?Não se matou, é covarde...

Sentou na escada da boate, encostou a cabeça na parede e chorou...

Adormeceu.

11h da manhã, abre os olhos e está em casa. Tenta levantar e não consegue...a dor não deixa.Dessa vez não é apenas o amor, é dor de cabeça...






Ressaca.

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei seu texto meu amor, me indentifiquei um pouco com ele ! haha.
beijo gegê